29 de abril de 2010

A doce redenção de quatro mãos.

O que te faz sofrer? Quem dera saber, pra te tirar daqui, te levar pro lar, te levar pro mar. Um lar a beira mar. Um Lara beir Amar. Porque posso ser o seu prodígio, a sua poesia solta. E você, a minha prosa presa (e preciosa). O que te faz sofrer? Tudo que sei que da dor, é que ela é música. E essa dor não é só sua... Você sabe, né? Sua dor, minha dor. Nossa melodia. E a reciprocidade é inegável, mútua: um ciclo. E ciclos não têm fim. É por isso, porque nós não temos fim, sempre assim, uma aliança. E, como em todo ciclo, o começo também se perde pelo simples fato de termos a certeza de que aquilo já estava escrito. Escrito pelos dedos de Deus, no colorido das minhas asas. Asas que vieram lhe salvar - de você mesma, inclusive. Asas que vieram lhe estapear quando isso é preciso, mas, acima de tudo, dar amor. Muito amor. Todo amor que há nessa vida. E como você ousa esquecer do mais importante? Asas, essas que levam pra liberdade do que é ser sem medo, coisa que você aprendeu a fazer, a ser, a sentir comigo. A liberdade de ser quem se é, sem medo do que acham que você seja... E então, o que te faz sofrer? Seja lá o que for, deixe-me ser hoje, amanhã e pra todo o sempre a sua cura, a sua redenção.




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Você tem a certeza que faz parte de um ciclo quando não sabe mais o que lhe pertencia (antes) e o que passou a pertencer (depois) de entrar nele. Com a gente é assim, essa história de amor sem começo, meio ou fim, quanto orgulho de ter você pra mim. E meus olhos, agora cheio de lágrimas, choram a sua dor, que também é minha e a minha dor, que também é sua. Choram também todas as alegrias que você aí, que mesmo localizada a quilômetros de distância de mim, me toca como muitos ao meu lado não tocaram ainda, não tocarão jamais. Sabe por quê? Porque eu escuto na sua voz do outro lado da linha o que eu preciso para me acalmar, porque você não está ao lado e sim do lado (de dentro), você sabe... Eu sei que você sabe, eu sempre tive o sangue vermelho, branco e azul, a genética o fez assim, com uma "baianidade" nossa. Mas, o meu coração pulsa assim no ritmo do Olodum e tem uma explicação: VOCÊ! Minha boneca, minha baeana, minha Sex, meu orgulho, minha BFL, meu poema e minha prosa. Você, Fernanda Rodrigues Leal. Você que tem até no nome a maior qualidade que um ser humano pode ter, eu te amo! Eu te amo para sempre. E nem sei porque o digo, já que num ciclo não cabe o fim. 


Da sua e sempre sua, 
Boneca.

13 de abril de 2010

Escre(vi)vendo. ♥

            Escrevo porque minha alma grita ao entardecer, quando o crepúsculo toma meu céu azul e só o devolve no outro dia, na madrugada ela está ferida pela ausência de cor e chora. Escrevo para o alívio, nunca para a compreensão - o entendimento cabe na palma da minha mão e a dúvida ocupa todo o horizonte. Não escrevo apenas para que me leiam, embora seja esta uma das mais agradáveis conseqüências, escrevo para vomitar o que está preso na garganta desde sempre, como se o papel fosse a pia de um banheiro imundo que me causasse uma ânsia imensa de verdades nunca ditas por mim a ninguém e naquele momento eu sinto subir tudo de forma súbita, perco o controle sobre mim e escrevo (vomito). Escrevo também para que a sensação de liberdade me tome pelos braços, me coloque sob suas asas – é que na escrita eu tenho a forma que eu quiser, posso ser bruxa ou fada, amante ou amada, palhaço ou piada. Escrevo como se caminhasse por uma estrada infinita rumo ao desconhecido, escrevo como se conhecesse o céu e minha casa ficasse na lua. Escrevo porque ouvir, muitas vezes machuca, então coloco no papel o que eu mesma não tenho coragem de me dizer ou temo que me digam e, na escrita ainda posso me consolar, calar meu pranto. Escrevo por distração, eu posso viajar no mundo magnífico que criei com as palavras, curo meu tédio sem receio de me perder no vale do medo, é que nesse mundo encantado que criei agora, o deixei de lado de fora. Escrevo por fé, acredito que as palavras são capazes de qualquer coisa e nelas, são. Escrevo porque ainda não me deram uma varinha de condão, o caminho do perdão e não me tiraram o medo da escuridão. Escrevo para dar cor ao que é branco e sem graça, rabisco minha letra nesse papel cru e sem vida, nunca lhe contaram uma história antes de dormir, como poderia ele ser feliz? Escrevo para não encher a cara, essa tua cara gorda de bolachas. Escrevo para calar o que foi ontem e deixar ali no passado – gravado – para poder folhear as mil histórias que contei quando quiser e um dia, talvez, eu possa arrancar essa folha e fazer com que você engula - as palavras não voltam atrás. Escrevo para ser presente e não deixar de existir no dia em que morrer, como se não tivesse tido importância alguma, vivido nada e sido apenas uma ilusão, um pensamento insano durante um devaneio que ninguém sabe se realmente existiu. Escrevo para contar e ser história. Escrevo porque duvido que meu sangue seja constituído da mesma forma que todos os outros, penso que deve correr a arte ainda sedenta e sem forma - pronta para vir à tona - em minhas veias. Escrevo em verso e em prosa, para soar como música ou exilar o sufoco, para fazer companhia ou me deixar sozinha. Escrevo porque ainda me resta essa opção, ainda não me proibiram de ser em palavras. Escrevo pelo meu pranto e pela minha glória. Escrevo passado, conto presente e invento o futuro. Escrevo para não beber conhaque, para não rir do sotaque e para não arrancar-te o cavanhaque. Escrevo o que não falei, o que já chorei e o que nunca menti. Escrevo porque ainda pisco, sorrio e choro. Escrevo porque o ímpar ou par aqui não importam. Escrevo o que dispensa compreensão. Escrevo o que não cabe no abraço e calo o que não sei (d)escrever. Escrevo porque meu coração pulsa ou pulsa porque ainda escrevo?






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Olá galera da blogosfera. Devo primeiro me desculpar pela ausência que vem sendo tamanha. Tenho vários textos para postar e não tenho tempo. Minha vida tá sendo corrida, mas sabe quando você sente que realmente não pode reclamar de nada? Que todas suas preces estão sendo atendidas? É claro que sempre tem uma coisa ou outra fora do lugar, mas não é nada que esteja me abalando. Quero dizer que daqui para frente o meu tempo para esse blog estará cada vez mais escasso, afinal eu estou no terceiro ano, tenho um super TCC a ser desenvolvido (porque eu estudo em escola técnica), vestibular no fim do ano e agora um namorado dengoso para cuidar, então já sabem né? Mas, eu prometo que virei aqui quantas vezes meu relógio e minha inspiração me permitir. O que quero contar a vocês é que eu estou com um blog "novo". Bem, não é novo de todo o jeito. Criei ele em janeiro, mas são poucas as pessoas daqui que já tiveram acesso, o nome dele é Meus Versos Tortos. Onde eu publico poemas de minha autoria, só tem um até agora que não é meu, mas foi feito para mim por uma pessoa muito importante, a minha boneca Fernanda Leal. E por ser lindo demais e em minha homenagem, eu coloquei lá. Todas as visitas por lá serão sempre muito bem vindas, mas os comentários para a felicidade dos preguiçosos estão trancados, porque eu não quero ter a obrigação de responder ninguém... Quero postar lá só por postar, até porque eu não tenho tempo nem de cuidar daqui direito, mas críticas, sugestões, elogios e afins são sempre bem vindos, pode mandar pro scrapbook do orkut ou por aqui mesmo. Prometo também que assim que eu conseguir eu coloco um "selo" dele ali do lado para facilitar o acesso. Mas, vocês podem segui-lo. Ele é muito bonzinho e não morde ninguém. Acho que por hoje é só. Respondê-los-ei, meus pequenos gigantes.




Um beijo enorme, um abraço carinhoso e uma vida de luz.




Pequena.