18 de novembro de 2013

Coração Valente.




Por mais que vez em sempre eu engula meu orgulho e escreva pra você, sempre fica algo por dizer e hoje preciso dizer que pensei em você. Logo pela manhã, quando corri os olhos pelo título da coluna do Antônio deste domingo – Separações – e como cantou Djavan: “o pensamento lá em você”, dentre tantas histórias, das separações, uma me chamou a atenção: a história de uma garota das artes que se apaixonou pelo homem dos números. E se separaram. Li todas as outras e pude notar uma evidência comum: não há motivo para o adeus. Talvez não seja só conformismo dizer que “tinha que acontecer”.
Nos reconheci naquela história que não tinha porque começar, mas começou e ninguém esperava que acabasse, mas acabou. E tudo que houve entre um acontecimento e outro só cabe aos nós que atamos e conjugamos juntos.
Tudo bem, eu confesso que dizer que pensei hoje em você é omitir todos os pequenos pensamentos diários que sou capaz de  controlar. Uns mais ou menos doloridos que os outros. E se quer saber, alguns conseguem, inclusive, me fazer sorrir. Por egoísmo, guardo quase todos, tesouros preciosos de uma história que não diz respeito a mais ninguém. Às vezes me pergunto: Será que ele lembra? Talvez eu nunca tenha a resposta.
Mas, hoje, eu queria dizer que ainda não aprendi o que fazer quando um grande amor acaba. Talvez porque não haja receita. Ninguém escreveu um passo a passo para ajudar quem se afoga em lágrimas quando aquele que amamos, sem mais nem menos, decide ir embora. E se a decisão foi tomada em comum acordo e culpa é duplicada, pois você pensa que poderia, talvez, ter batido o pé, teimosa e insistente como tem fama. Mas eu digo agora o que aprendi com o fim de um grande amor:

Um grande amor acaba somente na prática. Mas, vive para sempre dentro de nós, nas lembranças, nos sorrisos, nos vícios e manias daquele que partiu ou ficou para trás. E cabe a nós, não deixar que isso nos acorrente ou diminua a possibilidade de sentir coisas novas e grandiosas outra vez, pois um marinheiro não deixa de navegar porque encontrou um porto, há sempre caminhos novos para serem desbravados pelos corações valentes.