28 de novembro de 2009

Parte II

(...)

A sensação de vê-lo morto caído em meio ao deserto, cercado pelo vazio não me era nem um pouco formidável. Para ser sincera e talvez um pouco mais exata eu tive medo, uma sensação de impotência me invadiu, embora eu fosse capaz de reverter todo aquele processo, eu me sentia impotente. O bem sempre deve vencer o mal. E o mal naquele momento se fantasiava de bom, o jovem morreu acreditando que tinha sido salvo por um anjo, pobre alma. A minha vontade era de mostrar a ele tudo o que ele merecia saber, mas eu não poderia, estava no estatuto celestial que anjos não podem fazer confissões aos humanos, eu poderia ser expulsa e isso não  me convém.

O calor era insuportável até para mim, uma criatura alada. Procurei uma forma de encontrar o meu superior e mostrá-lo que ainda não era a hora,  de esclarecer o que naquele momento estava envolto por uma nuvem negra. Queria mostrar que a ida do jovem, para onde quer que fosse, faria outras se perderem, ele não sabia, mas sua existência era algo crucial para algumas vidas humanas. Eu vi aquela criatura indo embora montado ao cavalo e não fui vista, esperei ela tomar uma distância de segurança, me sentia frágil e incapaz (embora não fosse a verdade, era o que eu sentia) de lutar com ela, me aproximei do corpo e percebi que a alma ainda estava presa a ele, a alma do jovem era brilhante e reluzia para quem quisesse ver, minto - para qualquer criatura celestial que quisesse ver, debrucei sobre o corpo e era impossível não chorar, ele tinha sido enganado, acreditava que sua alma havia sido entregue aos anjos. De qualquer forma, não completamente enganado. Debruçada sobre o corpo, chorando sobre a face dele via minhas lágrimas se misturando ao suor sofrido que havia nele. Almas entregues em forma de oração - que seja feita a sua vontade - são almas salvas. 

Costumo ser chamada de ousadinha por outros seres celestiais, tudo deve-se ao fato que eu não posso apenas observar nada de longe, nada do que fora entregue em minhas mãos, exceto as coisas que me fazem sentir incapaz, embora eu enfrente qualquer inferno que for preciso. Afinal a minha missão é lutar pelo céu e inferno de cada dia. O meu superior ouviu finalmente ao meu chamado e eu dei minhas explicações, eram necessárias já que ele era cabeça dura e eu não tinha muito tempo, não sabia por quanto tempo a alma estaria presa ao corpo, estaria ali pronta para desfazer todas as coisas que aquela criatura havia feito. 

Permissão concedida.

Confesso que me faltou força, por um instante. O brilho que reluzia da alma em forma de socorro me deixou sem reação. Me ajoelhei diante do jovem e depositei minha mão sobre o seu coração, na língua dos anjos fiz todas as preces e o devolvi a vida. Ele abriu os olhos, embora não pudesse me ver, um sorriso saiu do seus lábios e foi um grande alívio para mim. Trouxe o cavalo de volta, montada nele. Expulsei o mal daquele lugar, o jovem pensava que a moça se chamava Luana, ilusão, era Lúcifer.Tudo o que eu poderia fazer eu fiz. Me ajoelhei diante dele outra vez, após trazer o cavalo. Toquei a alma, senti a textura da inocência que a tempos não sentia e o brilho no olhar, a volta a vida,  a felicidade era algo que nenhum mal no mundo seria capaz de levar embora outra vez. 

O céu tinha dado a ele uma segunda chance. E Lúcifer outra vez havia perdido. Sempre nas formas mais encantadoras enganando os que não o conhecem. Mas diante da palavra de Deus, todo mal será vencido. Lúcifer havia sido expulso do paraíso por ser fraco e por não merecer todas as vitórias que ele teria se continuasse do lado do bem. 


Se Deus é por mim. Quem será contra mim?

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Esse texto eu escrevi pro meu amigo, Rapositcho! HUAHUAUHAHU não me mata! ¬¬ Porque ele se matou no texto do "Horse with no name" e eu prometi a ele que eu o ressucitaria. Eu demorei, mas você está vivo outra vez. E tem uma coisa que ele já disse que admira em mim, a minha fé. Então... resolvi usar uma dose dela pra homenageá-lo. Amiguinho, obrigada pelo que você fez por mim essa semana. Vou tomar vergonha na cara e responder todo mundo.

 

 






 

 

 

21 de novembro de 2009

E o vento...



















Não levou
. A lembrança é permanente.


Três é um número em que o coração nunca se divide. Pude ter certeza disso quando naquela noite, observando as pessoas naquele bar um casal me chamou a atenção. Os olhos tristes dela estavam em outro lugar, ou talvez tão ali que eu não pude entender, dentro de pensamentos íntimos. Anna era possivelmente o nome dela. Ele tinha um quê de Frederico e era, ela gritou Fred. O tom de voz dele estava notavelmente chateado, conturbado. Como quem desejava, necessitava, exigia ser amado e definitivamente não era, pude perceber tudo isso quando ela foi se levantar para cumprimentar duas pessoas que haviam acabado de chegar no ambiente e ele a segurou pelo braço, de maneira grosseira, quis me meter mas não era possível. Cupidos não tocam em ninguém, miram suas flechas apenas de longe e o que tiver de ser, certamente será. Agora estou me recordando, era Anna o nome dela, era sim. Que memória horrível a minha. Mas depois de sentir o braço seguro de forma grosseira em meio a mão grande dele, ela olhou para trás, os dois se aproximavam e ela murmurou: Me solta... Tão baixo que talvez ele não a tenha ouvido, leitura labial era algo impossível pois era escuro o ambiente, os cochichos e a banda tocando ao fundo não ajudavam em nada na audição, eu garanto porque estava lá a procura de outras vítimas. Mesmo sem ouvir o que ela havia dito e nem ter percebido que a Anna, loura dos cabelos curtos e sorriso atraente, havia dito ele perguntou: Você o ama, ainda o ama não é? Num único movimento, brusco como haveria de ser ela se soltou dele, titubeou em dar a resposta. Ela não era do tipo que gostava de machucar, não queria iludir, não queria mentir. Naquele momento quis se enfiar no meio daquele mundaréu de gente e partir, sem ao menos dizer adeus. Mas, essa não era a educação que ela havia recebido de seus pais. Ah, seus pais! Vítimas minhas, das antigas. Do tempo que eu não errava uma, assunto pra outra história. Frederico ainda tinha uma última esperança, que em meio aqueles lábios suculentos saísse um, só um: Não. O esqueci desde que te vi. E foi com uma frase, que ela matou a última esperança, não sei se parecia um soco brutal ou um tiro falta, mas foi só assim: Sim, o amo. E a alma dele murchou de uma vez só, pude ver ainda que de longe, coitado. Um mal amado a minha espera, só mais um. Só? Além de desmemoriado estou ficando maluco, existem tantos nesse mundo de meu Deus. Eu pude ver também um nó subir pela garganta dela, ela não queria ter feito aquilo. Não era de fato o gênero dela, tão meiga e tão mulher. Estonteante, estonteante sim. Se eu não fosse cupido e não soubesse que essa história de tampa da panela existe mesmo, eu estaria acidentalmente apaixonado por Anna, naquela noite. Mas, cupidos são as frigideiras, sem tampas, sem sexo, sem sorte. Escrevo tudo no masculino porque não deu vontade de escrever no feminino, tão simples. Anjos, cupidos e arcanjos não têm sexo feminino ou masculino, não se esqueça querido, ou querida? Você tem, não tem? Voltando a querida, encantadora, fascinante e maluca Anna, esses são adjetivos que ali só cabiam a ela, tanta gente vazia que eu tive vontade de correr daquele lugar imundo, imundo de gente e não de limpeza, ah! Vocês humanos nunca me entendem. E a culpa sempre é minha. Sempre me zoam. Ah, humanos. Anna o amava tanto e quando o viu ali, vestido com aquela roupa fina, tão linda, ficou maluca. Saiu andando na direção dele, como se fosse ao toalett, não daria o braço a torcer e quando finalmente se esbarraram olhou com cara de espanto (Anna, ótima atriz): Você por aqui, Jorge? Que bons ventos o trazem? A atuação durou tão pouco tempo, ela não se segurou, o abraçou pra sentir de novo o seu coração bater inteiro dentro do peito, metade dele, metade dela. Jorge afagou os cabelos louros dela, ele também sentia saudade, ele também tinha boas lembranças. Por aí, você já pode ter certeza que às vezes eu ainda acerto, não é? Diga sim, por favor. Meu ego anda tão arruinado ultimamente. Jorge perguntou se ela estava sozinha, mesmo ele não estando. Nem preciso contar que a morena que o fazia companhia (desnomeada, meu bem) não gostou nada do pseudo encontro casual de Jorge com a Ex em meio ao barzinho mais agitado da noite paulistana, não é? Ok, vocês humanos às vezes me compreendem facilmente, grife às vezes. Não é sempre, não mesmo. Anna o amava tanto, o queria tão bem que até seu semblante mudou ao reencontrá-lo, sorria para o nada, para o vazio das pessoas que se encontravam naquele lugar lotado. Fred não conteve o impulso e quando viu que ela ficaria mesmo perto do ex, resolveu convidar o casalzinho vinte e a desnomeada para sentar-se ali. Onde estava Anna e ele anteriormente, foram os quatro. Ele não era má pessoa, conheço milhões de garotas no mundo inteiro que dariam a vida para estar com Fred, não seja hipócrita, você certamente é uma delas. O moço era apresentável, educado e só um pouco grotesco, só quando seu ponto fraco era cotucado. E como mulheres adoram fazê-lo, não? Detesto parecer fofoqueiro, mas às vezes as mulheres falam umas coisas no banheiro que me deixam atordoado, não queira nunca você homem entrar num banheiro feminino, a última coisa que elas falam é sobre futebol. A menos que o astro do momento seja um jogador super-hiper-mega-maxi gostoso, é assim que elas falam, queridinho. Odeia ser chamado assim? Foda-se. Odeio quando me chamam de tantas coisas e vocês nunca param. Foi ao banheiro que Anna e a Morena sem-nome foram, Anna que parecia ter uma pimenta na língua logo cutucou: Tá pegando o Jór? A morena enquanto tirava a maquiagem de dentro da micro bolsa, olhou-a com cara de quem tinha comido pepino estragado: Qual foi, tá com ciúmes? O Fred é um bom partido. Foi o que eu disse, Fred não era qualquer coisa, mas não era o que Anna queria e Anna não se conforma com as coisas pela metade, ou tudo ou nada. E devo ressaltar que a mãe dela também era assim, até que encontrei o encaixe - o pai. Tudo que Anna sabia sobre o amor de homem e mulher ela havia aprendido com Jorge, seu primeiro (e diga-se de passagem, único) amor.
Anna aprendeu a se preocupar, a acordar as três da manhã só pra ler aquela mensagem que ele mandava todas as madrugadas, aprendeu a sorrir com a alma e entender o olhar, por mais rápido que ele fosse, era o suficiente. Aprendeu que namorar o cara certo, nada mais é que beijar e dormir com o melhor amigo, era uma coisa além do que todo mundo pudesse entender e todo mundo sabia. O mais importante que ela havia aprendido era que o amor não era feito de cobranças, não era uma exigência, simplesmente acontecia. Depois é claro da minha flechada fatal, mas nada que os humanos fossem capazes de entender, embora esteja lhes contando agora. E Fred fazia muitas cobranças, exigia ser amado. Coitado. Exigia porque Anna não era pra ele, se fosse não precisaria exigir, eu atiraria a flecha e pronto, seria amado. Não precisa-se de razões para o amor, precisa-se de flecha, mira e só. Vocês que complicam, esperam, exigem, me chateiam e acabam me apressando, fazendo assim que eu só faça coisas erradas (e tome bronca depois, o que me deixa irado.) Não queira nunca ver um anjo irado. As duas bonecas voltaram a mesa e foi quando eu resolvi atacar, Fred já tinha entendido que havia perdido, um a menos. O sorriso de Anna brilhava de orelha a orelha, parecia uma luz em meio aquele lugar escuro. Procurei uma posição boa e, bem só fiz o que deveria ter feito a muito tempo, juntei a morena com o tal do bom partido. Não demorou muito pra conversa fluir, não demorou muito pra Anna começar a rir das piadas do Jór, ah! As piadas do Jór... vieram os suspiros e cada um voltou pra casa sozinho, mas com o coração completo. Como haveria de ser sempre se vocês não complicassem tanto. Vale lembrar que rolou até aquela mensagem no meio da madrugada, eu não li porque é falta de educação, mas deve ter sido bom, ganhei quatro sorrisos e quatro agradecimentos indiretos.

14 de novembro de 2009

As meninas dos meus olhos,

Todo mundo tem "as meninas" dos próprios olhos e eu na verdade tenho cinco. Duas que brilham de felicidade pelas outras três, que possuem brilho próprio.
É sempre uma árdua luta da minha parte para descrevê-las, mas nunca me darei por vencida. As meninas dos meus olhos merecem todo e qualquer esforço e só conhecendo-nas pode-se entender o porquê isso não deve soar apenas como um lugar-comum. "Ela, a outra e eu" não saem da minha cabeça, do meu vocabulário e Deus queira que não saiam nunca da minha vida.
Ela, possui um brilho nos olhos que é capaz de estontear cada um e visto uma vez, nunca se esquece, tem uma maneira única de sorrir, assim com os olhinhos apertadinhos, os lábios dilatados e a alma toda pra fora, esse sorriso ilumina a minha vida, desde o dia que conheci ela. De olhar, ainda que de longe... dá vontade de tocar, de amar, de não sair de perto. E mais do que isso, mas eu não queria falar da vontade de proteger, que é bobagem, pois ela é um anjo. Ainda que eu não veja tuas asas, já te vi alçando os voos mais bonitos do meu céu. E foi num destes que ela me trouxe "a outra e eu" pra perto de mim.
A outra, você pode ver? Diga-me, por favor, que eu não estou sozinha, diga-me que você também é capaz de enxergar esta alma transparente, pura? Tenho vontade de me sentar a frente da outra e me calar, de olhar até dar vertigem até eu ver o mundo a minha volta acompanhando os teus movimentos. Meu hobbie é encontrar almas que se pareçam com a minha e eu encontrei a outra. Se a outra rugir enquanto você se aproximar estenda a mão e mostre que você não quer nada além do bem e a outra não será capaz de te fazer mal. Após contemplar um pouco você a verá sorrir e perceberá que ainda que o primeiro rugido assuste, tudo vale à pena. E essa Leoa não será nada além de uma gatinha mansa que só quer o teu carinho.
Eu, não sou eu. Embora, nós possamos dar as mãos e caminhar juntas por uma praia, numa rua, numa galáxia qualquer. Porque nós temos muito em comum, muito para conversar. Eu posso me ver ali, como se diante dela (ou de mim) eu visse minha história clara, como a luz do lua. Quantas luas, não? E por ver-te em mim que receio tanto em escrever e acabar contando alguns segredos que não são só meus. Mas, olhe para os olhos dela, eles podem ver coisas que vocês não vêem e podem entender coisas que vocês não entendem. A eu também tem asas, embora ainda precise de coragem pra pular do sexto andar e ainda tem quem lhe segure as mãos caso sinta medo, mas aspira liberdade assim como eu. Eu me perdi nas palavras pra falar, não sei se estou falando da eu ou de mim, quem sabe não seja a mesma coisa?
O que realmente importa de tudo isso é que no fim "Ela, a outra e eu" se completam e vieram para me completar também, talvez você seja o próximo. Uma amizade assim dura para a vida toda, quando tudo se mistura eu não sei se tenho orgulho de vocês ou de nós.


Joyci Dias.




"Quando penso nas possibilidades de encontros percebo que este já estava previsto, vejo o sucesso dos nossos planos e um futuro com todas as formas possíveis juntas: ela, a outra e eu." (Michelly Barros)



Comunidade no orkut ~ Twitter

Tudo bem que eu sou a pessoa mais suspeita do mundo pra falar desse livro, mas eu tenho certeza absoluta que ele será perfeito. Lançamento pro dia 9 de dezembro, na Livraria da Travessa, no Barra Shopping a partir das 19hs. E exemplares serão vendidos pela internet.

8 de novembro de 2009

Absurdamente gente. ♥

Conheci em meados de novembro do ano de 2007, através do magnífico Orkut, com aquela história do Caio que eu só vim a descobrir tempos depois, uma alma especial reconhece de imediato a outra. Mas se você quer saber o porquê de tudo isso, só tem uma explicação: Os planos de Deus. Você consegue imaginar outra possibilidade se não os planos Dele? Eu não. E eu sei que você também não pode, já que não existe, eu te conheço. Conheço decór teu jeito de se expressar, conheço o seu jeito de sorrir com os olhos deixando tuas bochechas ainda mais ressaltadas e apetitosas, conheço seu jeito chateado quando diz que estou sendo fria e distante, mas também conheço seu jeito preocupado quando sou eu quem digo isso.
Está para nascer alguém que mergulhe assim como você, tão sem medo no meu oceano de invenções, está para nascer alguém que tenha as coisas que eu defendo como lei, assim como você, que me acredite (até quando eu duvido). Alguém que me defenda, que me ame, que me espere e que leia a minha alma através do meu sorriso como você. Alguém que com uma sms sem dizer quase nada diga tudo o que eu preciso ler/ouvir: você não está sozinha no mundo, eu estou aqui. Ainda que não com essas palavras. E o que são as palavras que saem de dentro de ti? Me deixa orgulhosa em poder gritar se for preciso pro mundo inteiro: É MINHA AMIGA, PORRAAAA! Eu não sei se você consegue ver, mas essa criatura tem uma alma tão pura, tão livre de todos os preceitos do mundo que dá vontade de pegar e guardar num potinho, de tocar e de apertar, mas não é visível, não é palpável e não pertence só a mim, mas me pertence e quando eu estiver vendo ela no topo do mundo eu vou poder dizer: Faço parte dessa história. História? Por Deus, quantas histórias. Você me deu o melhor presente do mundo, o presente de 15 anos que de vez em sempre eu paro pra ver de novo, ler de novo, tocar de novo. Porque cartas não são feitas pra mandar notícias, cartas são feitas para os corações se tocarem enquanto a mão segura e os olhos vasculham o papel. Você me disse uma vez que os sonhos são possíveis de se realizar e foi além das palavras. Você realizou o sonho que eu tive com você. Você é tão perfeita que eu não tenho palavras a tua altura pra descrever-te. E eu sei que você é capaz de conquistar cada um que esteja a tua volta. Você é tão minha que eu te sinto dentro do meu coração enquanto eu escrevo pra ti, sinto você batendo na portinha dele e dizendo: Ei, não precisa falar mais nada, só me abraça Love! Porque somos conscientes de que um abraço vale mais do que essas palavras todas, que elas não seriam necessárias se a gente pudesse olhar uma nos olhos da outra e falar: Boneca. Só que nós também estamos cientes de que isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde eu vou te encontrar e faremos a festa que a nossa alma (especial) merece por termos nos encontrados.
Eu só escrevi esse montão de coisa, desorganizado e tudo mais. Para que as pessoas que ainda não sabem o que significa a expressão “MUITO GENTE” poder entender o que é, porque eu não teria uma explicação melhor para uma muito gente do que você.
Nem o Bruno, nem eu, nem qualquer outra pessoa no mundo é mais gente do que você. Porque você é tão gente que se doa pelo outro, que não se importa em perder um tempo de você com você para lutar pelo sonho de alguém, porque você faz as pessoas se sentirem importantes não com presentes caríssimos e de marca, mas com as coisas que saem da tua alma, ser muito gente não tem de fato uma definição no dicionário, mais se precisasse de um sinônimo eu não hesitaria em colocar: FERNANDA.

Te amo, Fer. Te amo, Nanda. Te amo, quase. Te amo, baêana. Te amo, Sex. Te amo, Leal. Te amo, a bruxa. Te amo, Bambyzinha. Te amo, neném. Te amo até do avesso.

♪ Qualquer dia amiga a gente vai se encontrar. ♫

Obrigada Deus por mais este presente que veio dos céus, que veio das Tuas mãos.

Da sua Boneca, da sua escritora, da sua bebê.

3 de novembro de 2009

A Rosa quer dizer.

Engoli todo aquele orgulho absurdo para então vir falar para ti, meu Pequeno Príncipe. Quando partistes para a Terra eu não fiquei muito feliz, ficar só nesse planeta tão pequenino quanto você e eu não me soou como uma boa ideia, aprendi o significado de uma palavra até então desconhecida por mim: Saudade. Saudade complica tudo, saudade faz um dia parecer um ano e um ano parecer um século, ainda mais quando as coisas por aqui se encontravam num vazio profundo e tudo a minha volta parecia preto e branco, saudade é tão ruim parece o bicho papão e eu acreditava a todo instante que ela estava prestes a me engolir. Cadê a redoma? Cadê o Pequeno Príncipe? Eu só conseguia sorrir quando as noites estreladas me diziam que eu poderia ficar tranqüila e que você estava bem, dava pra enxergar perfeitamente o brilho do teu riso nas estrelas, iluminavam a minha noite e assim eu descansava em paz. Saudade não deixa a gente em paz, parece que não sossega enquanto não rói todo coração e deixa ele em pedacinhos, bem pequeninos, do tipo que pra colar precisaria de uma cola muito boa... como é que é o nome? Amor. Dizem que é a melhor cura pra corações em pedaços. Com a sua estadia na Terra, deixei de lado meu jeito: “firo facilmente”. Não quero nunca ferir a ti, pequenino. Mas, o orgulho só engulo agora, pois não seria a tua rosa se eu não fosse como eu sou. Pensei que você pudesse nunca mais voltar, fiquei muito mal com a probabilidade de você encontrar milhares de outras rosas e quem sabe me trocar por alguma delas, afinais por fora somos todas iguais, com a diferença de que umas têm mais espinhos e outras menos. Mas, tu pequenino... me ensinaste uma coisa muito linda com o teu retorno, vieste com aquela história de raposa, cativar, invisível, responsável, única, vieste com uma outra visão do mundo, que fez tudo ficar diferente e melhor, quase morri do coração quando me contastes do jardim com milhares de outras rosas e o que tu dissestes a ela: Não se pode morrer por ti, não cativastes ninguém e ninguém vos cativou. Se pode morrer por mim, pequenino? Porque ao que você me explicou, cativamos um ao outro, necessitamos um do outro e somos responsáveis um pelo outro, gosto de ser responsável por ti, gosto de poder dizer que o que eu sinto por ti é amor e que sois único no mundo para mim, gosto de te ouvir contar as tuas aventuras na Terra e gosto de quando dizes em voz alta, como se todos os planetas pudessem ouvir: Foi o tempo que dediquei a minha rosa que a fez tão importante. Gosto da lição de que não se pode ver bem com os olhos, que o essencial está invisível diante dos olhos, gosto de quando me protege e cuida de mim, mas a lição que eu mais gosto eu tive que aprender sozinha, aprender na tua ausência que os verdadeiros amigos são o maior tesouro que a vida nos traz, aprendi que as verdadeiras amizades são eternas e isso só descobri quando voltastes, porque me contastes da tua constante preocupação comigo lá na Terra, gosto de pensar que ainda que meu coração se fira sempre terei você por perto pra curar, gosto de pensar que meu humor sórdido não te preocupa e que você gosta de mim da maneira que eu sou, gosto de pensar que nem uma galáxia inteira é capaz de destruir um sentimento tão puro quanto o nosso, sou grata por teres me perdoado por todas as minhas tolices e infantilidades e gosto muito quando me chama de: minha flor, meu bebê.

Da sua, tão somente sua... Rosa.




Depois de mais de 15 dias sem postar eis que surge a margarida, ou melhor... A Rosa, é... meu melhor amigo me chama assim e eu o chamo de Pequeno Príncipe, ou melhor dizendo: PP. E essa "carta" eu fiz baseada no livro, mas pensando o tempo todo nas histórias que a gente vive. Só Deus, ele e eu podemos entender o sentido total desse texto. Mas, eu precisava postar alguma coisa, né? Saudade de vocês, meus amores! Vou jantar e depois respondo-lhes!

Te amo Guilherme Gouvêa, meu PP/GG! Pra sempre, sempre, sempre, sempre e sempre. ;) Até perder o coração parar de bater. E o título tem a ver com a música da banda dele que é em minha homenagem, vocês ainda hão de ouvir: Hoje as rosas que me disseram que a vida continua, mas o tempo falou... ♫