24 de junho de 2012

É pra você.

(isso não é literatura e sim um desabafo, um monólogo que será lido por quem deve ler, obrigada)

Você acertou, não havia mesmo lido seu comentário num post feito há mais de três anos atrás por dois motivos: eu quase não tenho tempo de entrar no blog e eu não esperava isso de você, não mais. Depois de tanto tempo sem dar as caras eu achei sinceramente que você tinha desaparecido da minha vida e acredite, embora tenha te escrito milhares de textos dizendo que não queria mais saber de você e dos teus escritos, isso não era uma coisa que me agradava. Aceitar que tudo tinha ido pelos ares não foi fácil, eu admito, mas depois de todo esse tempo era a única coisa que eu poderia fazer e fiz por mim. Abrir mão de todas aquelas promessas talvez tenha sido a minha coragem mais covarde (e dolorida), mas eu abri. Talvez na esperança de você ler tudo aquilo e voltar arrependido dizendo "não-pequena-as-coisas-não-são-bem-assim", mas foram e você não voltou. Não até então.
Como dizem por aí, muita água rolou embaixo desta ponte. Muita. E talvez, numa conversa casual você nem me reconheça mais, queria ser um pouco Che e dizer que soube endurecer, pero sin perder a ternura. Muito provavelmente eu não tenha sabido. O que posso dizer é que sinto sua falta e doa a quem doer, essa afirmação porque nem para mim ela serve de anestésico, acredito porque por muito tempo eu fiquei encarregada de varrer a dor para baixo do tapete e repetir continuamente coisas como "é-assim-que-as-coisas-têm-que-ser", "sorria-e-acene" e "finja-que-está-tudo-bem-ninguém-precisa-saber", mas hoje, depois de ler o seu comentário e perceber tudo o que não foi dito, no entanto ficou subentendido, essa areia toda foi varrida para fora e como um corpo estranho, entraram em meus olhos e me fizeram chorar. Chorei por tudo que fomos, por tudo que deixamos de ser, por tudo que abrimos mão nem sei por que, chorei porque eu vi que embora eu tivesse atuado por tanto tempo que "sim-as-coisas-estão-numa-boa", a máscara caiu. E mentir para si mesmo é sempre a pior mentira, não é?
Então pronto, hoje digo a você e a quem interessar possa que sim, sinto sua falta. Sinto falta, sobretudo, da nossa amizade e não entendo até hoje porque nem ela pode existir. Apesar de ter aberto mão, de ter dado ouvidos a quem falou que era melhor eu não esperar para depois não desesperar, eu sempre confiei muito em você. Você sempre foi o apoio quando eu estive prestes a desabar e depois que você se foi, eu mesma precisei ser meu próprio alicerce, mas não sustentei meu corpo e sequer minha palavra depois de ler as tuas e tudo o que me pergunto, nesse momento é: por quê? 
Por que você sempre me dá as costas depois de me lembrar quem eu sou? Por que você sempre me deixa falando sozinha depois de me lembrar das coisas nas quais eu acredito ou acreditei (e se acreditei ou deixei de acreditar, foi por tua causa)? Por que depois de tanto tempo, quando a ferida está coberta por casquinha, quase virando cicatriz, você volta e coloca seu dedo outra vez, fazendo sangrar? Por que então você não assopra? Coloca mentiolate? Faz curativo? Por que você diz que nunca vai esquecer e que sente saudade no dia do nosso aniversário se em todos os outros dias do ano você nem procura saber como estou?

Enfim, quando você ler isso. Você ainda sabe onde me encontrar, certo? Se for necessário, faz um perfil no facebook, não precisa colocar seu nome, só me avisa de quem se trata. Mas, me procura. Gostaria muito de saber sobre a sua vida e te contar sobre a minha.Quanto a escolha do título do post onde você foi esconder publicar seu comentário, só tem uma explicação: Saudade é o que fica, do que não ficou. E você lá sabe ficar em algum lugar? Saudade é você.

14 de junho de 2012

Dia (de) branco.



 Hoje amanheceu o dia que é seu. Amanhe-céu branco, pronto para você colorir da forma que achar melhor. Antes de amanhecer, te sorri. Fiz minhas preces e quis que a vida fosse linda, doce e feliz, porque você merece. Que sorte tem esse dia de amanhe-ser em ti.