Me
pediram pra escrever e nessa altura do campeonato, eu só consigo pensar em
escrever sobre você, talvez porque eu ainda não tenha escrito nada, talvez
porque ainda haja algo latente aqui dentro de mim, talvez porque eu só saiba escrever sobre as coisas que moram dentro de mim.
Escrevo
para celebrar esse tipo – raro, você e eu sabemos – de encontro. Escrevo porque
essa é a minha forma de organizar a vida, os sentimentos e todo o resto.
Escrevo para, sabe-se lá daqui quanto tempo, lembrar de você com o mesmo
carinho que tenho hoje, no peito. E é tanto.
Acredito
que devo começar contanto sobre a minha dificuldade em permitir que alguém
entre em minha vida. Não tive tempo de explicar todas as minhas razões, apenas
a maior delas e acho que é o suficiente. Mas, como eu te disse desde as nossas
primeiras conversas: o santo bateu. Você, querido, me devolveu um pouco da fé
nas relações humanas, por mais que a nossa não tenha dado certo.
Você
também me devolveu a fé em Deus, que eu sempre tive, mas estava há algum tempo
esquecida dentro do meu coração. Ao ver a sua fé e eu lembrei que também tinha
uma, que hoje está avivada como nunca, a certeza de que Deus me ama e não me
desemparará jamais, mesmo nesses momentos difíceis que eu não entendo os
propósitos dEle, sei que sou carregada no colo. Minhas orações também se voltam
para você, quero o seu bem, sua alegria, sua paz e um mundo de luz pra você,
que me fez tão bem. Peço ao Papai do céu e aos meus anjos da guarda que cuidem
de você.
Ainda
penso em você diariamente e sinto falta das coisas que dividimos. Ainda me
pergunto por que você entrou na minha vida de forma tão intensa e incrível, se
era pra ir embora tão cedo. Quase sempre, durante
o dia ou diante de algum acontecimento, tenho vontade de te escrever para contar e
isso é uma das coisas mais difíceis de controlar. Mordo o lábio, serro os olhos
e me convenço de que nada mais te interessa ou você finge que não.
Têm
sido dias difíceis, é bem verdade. Vez ou outra ainda choro e me sinto a menina
mais boba do universo inteiro. Mas, tenho consciência de minha sensibilidade e
não quero abrir mão dela. Prefiro o choro a uma mágoa fazendo morada dentro de
mim, aqui, só guardo os sorrisos. Se as alegrias têm prazo de validade, minhas
tristezas também, dos mais curtos.
Criei
por você um carinho muito bonito, que tinha sim potencial – dos grandes – para
ser amor. Era semente ainda e você foi embora antes dela germinar. Você regou,
cuidadosamente, a cada ligação de boa noite, cada vez que se preocupou em me
agradar, cada sorriso e a cada mensagem respondida. O carinho que você me deu,
em tão pouco tempo, foi suficiente para me fazer querer estar do seu lado
sempre que pudesse e não hesitar, nem por um segundo, em te mostrar o meu lado
doce, que luto tanto para esconder de todo mundo.
Peço
desculpa por não ter te escrito antes, quando possivelmente fizesse sentido pra
você e por trazer a tona agora algo que eu não sei o quanto você está
interessado.
Eu queria sentar num café, olhar nos seus olhos e dizer tudo o que lhe foi escrito. Contar tim-tim por tim-tim das minhas razões, não sei se um dia essa chance me será concedida, mas espero que saiba, você me cativou.
Eu queria sentar num café, olhar nos seus olhos e dizer tudo o que lhe foi escrito. Contar tim-tim por tim-tim das minhas razões, não sei se um dia essa chance me será concedida, mas espero que saiba, você me cativou.
Por
hora, tudo o que eu posso fazer é, de longe, te desejar paz e bem. E agradecer
por tudo, tudo, tudo. Até porque, como diria Caio: " Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim."
Um grande-gigante-imenso beijo,
Da Pequena (Gor).
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