26 de agosto de 2009

♪ Quem sente com a alma é capaz de amar ♫

Ela procurou pela mão dele no sofá e depois de um suspiro pesado, questionou: - Se eu prometer que tudo ficará bem você segura minha mão (com confiança), outra vez? Ele retirou a mão que estava debaixo dela e repousou sobre a dela, dando um aperto, como um sinal, como um sim. As palavras não saíram dos lábios dele, mas ela conseguia entender. Era tanta cumplicidade, era tanto tempo. Ele não teve tempo de pensar e ela continuou: Eu preciso dizer que o brilho dos teus olhos me faz tanta falta. Sinto falta da segurança com a qual você falava mal do meu time, mesmo os fatos provando que ele é melhor que o seu. Ela sorriu com os olhos, procurando a reação dele, há uns meses atrás, era o sorriso do olhar dela que o fazia amanhecer todas os dias com vontade de continuar, com vontade de trabalhar o dia todo, pra voltar pra casa e finalmente – encontrá-la. Ela era tudo o que ele tinha e sabia disso, talvez faltassem forças pra lutar contra o mundo, afinal os braços e as pernas estavam tão cansados de golpear o inimigo que não se vê, mas o coração não, o coração acreditava em tudo, acreditava no para sempre. Aquele sorriso dos olhos dela, que iam ao encontro dos olhos dele todas as noites era o que afirmava, com toda a certeza que só cabia aos dois que o riso dele era a única coisa que fazia ela feliz, única coisa exceto cada célula do corpo dele. Mas ele era o único que a fazia tão feliz, que fazia ela sorrir com os olhos, como uma injeção de eficácia imediata, era alegria aplicada na veia que estava (diretamente) ligada ao coração. Os momentos bons que eles tinham vivido passaram como um filme na lembrança deles, as mãos se apertaram dando confiança um ao outro. Ela não temeu em continuar: Meu amor, olha nos meus olhos agora! Sim, eu digo agora. Como se esta fosse a minha última agonia. O pedido dela foi atendido, mesmo com o medo de perdê-la pesava em seus ombros, ele olhou-a cabisbaixo. Interrompendo-na só com um sorriso amarelo. Os sonhos que eu guardei pra nós, ainda estão aqui. E são o meu mais doce segredo. Pedi para que me olhasse assim, tão depressa porque seus olhos são os únicos que me transmitem verdade. Ainda que a longo prazo e eu agradeço por elas não terminarem amanhã, nem terem terminado ontem. São lindas verdades, verdades.. e doloridas. Verdades que só cabem a nós dois. O corpo dela se arrastou pelo sofá, ao encontro do aconchego do abraço dele. Ele, que a recebeu de braços abertos. Foi um aperto que chegava a doer, de tanta verdade, de tanta vontade, de tanta saudade. Eram duas metades sendo entregues uma a outra, se reconstruindo. Ele sussurrou: Minha alma gêmea. E apertou-a um pouco mais, ela repousou os pés sobre o sofá e sorriu toda sapeca pra ele. Foi a sapequice dela que o tinha conquistado, o jeito de garota que não havia decidido em ser menina, ou em ser mulher. O conforto do abraço dele, deixou-a ainda mais a vontade para dizer as coisas que ela não tinha dito ainda, mas que sentia desde sempre, desde o dia em que ele lhe pediu um abraço e ela deu, com medo, mas foi a entrega da alma dela (que já não era tão dela assim, desde este abraço): Eu sei, eu ainda acredito que temos um mundo de magia, de mistérios pra desvendar. E sei que se você me der a mão e caminhar comigo a estrada pode ficar mais iluminada, como se você fosse o sol que brilhasse só pra mim. Aliás, você já reparou a facilidade com a qual eu te comparo as coisas divinais? Você é pra mim o que ninguém nunca será, você é o anjo que não tem asas, mas é capaz de me fazer alçar vôos para o além do infinito. Você é a tradução do que é o amor, você é o motivo. E os motivos definitivamente não são terrenos, não quando os motivos são teus. Ele não conseguia responder, ele não queria dizer algo que não estivesse a altura dela. Mas, as lágrimas falaram por ele. Ela secou-as, enquanto ele levou o dedo indicador até os lábios carnudos dela, brincando ali. Causando nela um sorriso sincero, ela entendia que ele era tudo o que ele precisava e que eles estavam juntos, se encolheu toda no abraço dele. Ela se sentindo protegida ali e ele querendo protegê-la. Foi como ele explicou: Você sempre foi tudo o que eu quis, tudo o que eu preciso desde o dia em que conheci é do seu sorriso. Ele queria deixar claro que era o jeito de menina que precisava ser protegida, com o de mulher que precisava amar e ser amada que trazia a magia do sentimento deles. Eles acreditavam em alma gêmea e se aquilo de fato existia, eles eram o maior exemplo do que almas gêmeas eram capazes de fazer para se encontrar. O encontro estava marcado desde o dia que eles nasceram, não tinha hora nem dia exato para acontecer, mas eles buscavam um pelo outro desde a primeira respiração e se completavam no mais perfeito encaixe. Eram tão iguais na essência e tão diferentes nas atitudes. Ele aprendeu a deixar o jeito durão de lado quando viu e se encantou pelo sorriso dela e ela perdeu o medo de se entregar. Certamente eles eram a mais perfeita (e estranha) história de amor escrita pelos dedos de Deus, precisavam um do outro como se precisa do ar, da terra, da água e do amor. O amor parecia o mais impossível, diversos empecilhos pareciam brotar na história, mas eles guerrearam até provar que com força de vontade o impossível passa a ser apenas mais uma pedra no caminho, mais um obstáculo a ser superado. Ela fechou os olhos, recostou a cabeça no peitoral dele e ouviu os batimentos cardíacos, sorriu coberta por uma só certeza: Se ele pulsava, era por ela. Assim como o coração dela batia ainda a cada amanhecer, na esperança de reencontrá-lo. Reencontrar a metade que pertencia a ela. No olhar dava pra perceber, qualquer um era capaz de notar que aquela história de amor fora escrita tão somente a eles. Que ninguém se encaixava no papel dela e dele, como eles. Ela sorria sonhando com o encontro deles, ele sorria ao lembrá-la. A intensidade do sentimento não era notada só pelas palavras que eles falavam, pelos sonhos que eles sonhavam, pelos medos que eles enfrentaram, pelos problemas que eles golpearam. Mas pelo abraço, quem assistia o abraço podia contemplar claramente o encontro de almas gêmeas, o encaixe perfeito de dois corpos que se pertenciam. Dava pra notar que aquele amor era coisa de outro mundo, era tão real como as estrelas que não cansam de brilhar essa noite. Era maior que a imensidão azul do céu. Essa história pertence a nós.







8 comentários:

Jo disse...

Hey


Ill follow you if you follow me

Unknown disse...

É impressão minha ou tem alguém apaixonada aqui?? Lindo texto, de ótimo gosto, como sempre..

thays disse...

Bebecita, só pra avisar, mudei o meu blog.. agora é http://contosdatay.blogspot.com/
Pode refavoritar, :P

Gabriela Castro disse...

Jô, que história lindaaaa. Adorei, de verdade. Você escreve muito bem!
Que bom que voltou pra cá :)
beeeeijo

Maitê Bradley disse...

Ah cara, mais um texto perfeito da sua autoria +___+ Nem tenho mais palavras para dizer o quanto você escreve bem. Eu te disse que me encontro nos seus textos né? Você é demais! Te amo ♥

Debbys disse...

Nossa, tô bege!! Texto perfeito demais!! Aliás, vc escreve textos sempre perfeitos né...
adorei!! ^^
bjusss

- rafasonehara disse...

NOSSA NOSSA
isso foi lindooo! *-*
salvei nos meus favotitos
beijos
*:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.