25 de abril de 2009

O 'por quê' das coisas!

Sentada sobre aquela imensidão, com um vazio que invade e toma conta de tudo o que pensa que é ser. Já 'despensou'. Sozinha, queria falar sobre tanta coisa, mas sentia um pouco de frio, não conseguia raciocinar... Era ilógico sê-la. O que não entendiam-na era que ser não precisava fazer sentido. Era aquela maluquice toda que corrompia tudo o que já tivessem feito, era evadir-se... Era ser! Olhou pros lados, respirou fundo e sentiu suas mãos suando frio, era o nervoso e fazia parte, ouviu chamarem pelo seu nome e se levantou, pareciam que as pernas não queriam obedecê-la, mas pouco a pouco os passos foram dados. Sentiu-se leve por sair do meio da multidão, mas todo o peso voltou à tona quando aqueles olhares começaram a condená-la, estava tão nervosa quanto ficou em sua primeira chamada oral no quarto ano do colégio. Aquilo já tinha algum tempo, pensava ter esquecido aquela sensação assustadora, só pensava.
Mordeu os lábios por puro nervosismo e subiu degrau daquela escada que parecia não ter fim, depois de alguns minutos que demoraram como séculos ela conseguiu alcançar o palco, era hora de atuar. Era à hora de colocar em prática o inesperado, era o palco da vida e havia chegado a sua hora. Não se tem tempo pra ensaiar o que é ser, se der errado você só descobre depois que acabar. Mas se houver ao menos a tentativa de se fazer valer a pena, já é válido. Ser, viver, existir não é como escrever que você pode fazer quantas vezes quiser, não pode reinventar, desfazer? Isso não existe! Pode se dar a chance de fazer outras vezes, mas o tempo continua correndo, ele não espera por você. É cruel e não sabe o que é perdão.
Pensava e não conseguia saber que rumo tomar, se viu muda, se viu nua, se viu incrédula. As vaias começaram e ela se viu surda, cega. Não ligou pro que disseram, nem ouviu. Não viu os gestos de desaprovação e continuou. Acreditou em si, com mais facilidade. Tudo começou a fluir com mais facilidade, foi assim que um sorriso sincero brotou nos lábios da moça. O medo diminuía a cada vez que ela sentia o chão sob os seus pés, sentia-se segura, sorria mais e mais toda vez que o holofote focava seu rosto, lembrava dos elogios que outrora recebera do sorriso.
Viver, tinha que ser assim, como a gente aprende na moral da história. Qual vai ser a moral da minha? Eu tenho tanto medo. Eu clamo pra que eu consiga me fazer de surda quando me insultarem, me fingir de cega quando me fizerem que não, me fingir de desentendida quando me disserem que é impossível. Porque eu creio no Deus do impossível, e como diz na própria bíblia: Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos.
Eu tive muito medo de “não ser aceita” quando fui convidada para ser catequista, eram tantas crianças que me vi meio perdida. Mas a cada encontro que tenho com eles, a cada sorriso sinto que esse era o plano perfeito, fui eu uma escolhida do papai do céu. E estou sendo capacitada, cada dia é um dia novo. Uma provação que eu passo pra confirmar: Eu tenho a Ti e Tens a mim. E sabe o que me deu a certeza? Quando eu, no palco da vida... Sentada em roda, com mais 24 pessoas; fui questionada: Qual o significado do seu nome? Eu sorri, é tudo o que eu sei fazer... e disse: Meu nome, Joyci Letícia, Joyci significa alegre e Letícia alegria. Sem mais explicações, disse só isso. Foi quando um anjo, lindo e loiro olhou pra mim e disse: É por isso que você está sempre sorrindo?
É, deve ser. Não sei. Quem é que sabe o por que das coisas? Quem é que sabe o plano de Deus?



Não adianta temer, o que tiver de ser... SERÁ! (♥)


ps: Tô com tanta vontade de sair ali na rua e berrar pra todo mundo que eu amo você, mas faz o seguinte... volta aqui que eu te digo bem baixinho, marida!

Um comentário:

Fernanda L. disse...

Na verdade, eu acho que mesmo que você se chamasse Triste Tristeza ou Tristeza Triste, continuaria a sorrir. E sabe por quê? Porque o seu coração e a sua alma são puros e alegres o bastante sozinhos. Eles são autossuficientes. Quero dizer, nem tanto. Digamos que eles sejam quase autossuficientes, afinal ainda dependem do amor.
Mas o amor... bom, esse já é parte de você.